O objetivo específico doprojeto Apoio à transição agro-ecológica do sector do ananás no Benim, implementado pelo COLEAD entre janeiro de 2022 e julho de 2023 (data de fim da implementação das actividades técnicas), era permitir aos operadores da cadeia de valor agrícola do ananás (AVC) iniciar uma transição gradual para a agro-ecologia, satisfazendo simultaneamente as exigências dos mercados locais, regionais e internacionais. O objetivo principal era lançar as bases e iniciar um processo de transição, ao mesmo tempo que se implementavam medidas de reforço das capacidades dos diferentes intervenientes e instrumentos de análise do impacto a médio e longo prazo.

Através deste projeto, o COLEAD visava facilitar a informação, a reflexão e o início de um processo de transição agro-ecológica para um sistema de produção sustentável no sector do ananás no Benim, colocando à disposição dos operadores beninenses prestadores de serviços qualificados em domínios-chave como práticas agro-ecológicas, gestão da água, preservação e recuperação da fertilidade dos solos, produção e gestão da matéria orgânica, preservação e recuperação da biodiversidade, diversificação da produção, associações de culturas, transformação de produtos, planeamento da produção e formação interna.

Através deste projeto, o COLEAD conseguiu sensibilizar todos os intervenientes no CVA do ananás para a agroecologia, os seus princípios e os seus benefícios para os sistemas de produção e de comercialização. O objetivo era lançar as bases de um quadro conducente a uma transição para uma maior intensificação ecológica.

De uma forma participativa, o projeto identificou as boas práticas actuais e ofereceu apoio aos operadores beninenses para iniciarem uma transição agro-ecológica, em particular através da implementação de práticas de gestão ambiental responsáveis e sustentáveis.

As principais realizações durante o período do projeto incluem

• Reflexão participativa na indústria do ananás para (i) apresentar os fundamentos da agroecologia e os princípios-chave da transição e (ii) iniciar discussões sobre as áreas de trabalho que podem ser consideradas a curto, médio e longo prazo na indústria do ananás.
• Diagnóstico inicial, utilizando a ferramenta de autoavaliação da sustentabilidade do COLEAD, efectuado entre os 15 agregadores.
• Formação de peritos em gestão sustentável dos recursos (solo, água, energia, gestão e valorização dos resíduos, gases com efeito de estufa, etc.), práticas agro-ecológicas, caminho para a agro-ecologia e produção biológica.
• 15 agrupamentos receberam apoio específico.
• 3 métodos de valorização dos resíduos e dos co-produtos do ananás foram identificados como economicamente viáveis.